Se não é amor, então o que é?

07/08/2017

[Para ler ouvindo Sei - Nando Reis]

Eu sei que eu realmente a amei, porque ela me machucou em um outro nível e mesmo assim eu ainda a amo. Tivemos e temos todo o direito de estarmos brava uma com a outra, mas eu não estou brava com ela. Eu "poderia" está falando mal, mas não estou, não vejo necessidade e não quero, apenas falo positivamente sobre ela. Eu poderia ser agora a pessoa mais chata e fria com ela, mas eu não sou e nem quero ser, ela terá sempre as melhores partes de mim, aquelas que ela conseguiu mudar com toda paciência. Eu poderia ter terminado tudo antes que ela pudesse ter a oportunidade de me tirar da vida dela, do abraço, do coração, mas eu não fiz, eu deixei que ela tivesse chance de escolher, porque se dependesse de mim ainda estaríamos uma na vida da outra, sempre. Eu quero que ela seja feliz, infinitamente feliz, transbordando sorrisos e com a certeza de que nada mais lhe falta. Quero que ela saiba que és importante e incrivelmente única para mim. Eu sempre a amarei e quero que ela saiba que meus braços estarão sempre abertos para quando precisar de colo e cafuné. Haverá sempre uma centelha desse amor dentro do meu coração, mesmo que eu não saiba mais os detalhes da vida dela, que eu não a veja mais, que eu não conforte mais em algum problema que esteja passando ou que não compartilhe mais de sua alegria. Ainda vai continuar sendo ela e quem ela é!

Eu não a amei por ela ser umas das garotas mais bonita que já vi, mas sim porque ela ouviu, entendeu, foi paciente. Ela tinha um jeito com as palavras e mesmo sem querer me derretia com apenas uma frase, me apaixonava com apenas uma palavra. Ela me fez sentir como se eu fosse importante, e pelo menos para ela, eu seria e isso era o que precisava na minha vida. Ela tinha um amor genuíno, era de verdade. Ela me mudou, me fez sorrir, me fez feliz, me fez chorar e me deixou triste. Eu lhe dei meu coração e para sempre vai tê-lo, talvez vá ter o dia que isso não seja mais tudo, mas ainda assim, ela terá a maior parte dele.

Eu queria saber o porquê ela é quem ela é, queria entendê-la de uma maneira que ninguém mais conseguisse. Queria prestigiar os principais eventos da vida dela, e os pequenos também. Queria conhecer as pequenas coisas e observar os fatos que ninguém consegue prestar atenção. Queria que ela soubesse que eu a amaria, não importasse os obstáculos da vida, tanto nos melhores quanto piores momentos. Segurar sua mão, levá-la ao cinema ou a um jantar surpresa, olhar para seus lindos olhos e me surpreender pelo quanto eles sabem sorrir. Queria abraçá-la toda noite, dançar na chuva, protegê-la após um pesadelo e acordar ao seu lado. Queria segurar sua mão e apenas amá-la. Sem data, sem hora, sem preocupação.

Eu queria contar todas as coisas inúteis que sei e aprendi, queria cantar canções de amor, mesmo que saíssem horrivelmente fora de tom e melodia. Queria fazer coisas simples com ela! Queria acordar cedo para ver junto dela o nascer do sol e sem achar isso o suficiente, ainda a levaria para ver o pôr-do-sol. Queria estar ao lado dela enquanto as estações passassem, sempre com uma xícara de chocolate quente pronta e uma taça do seu vinho favorito. Queria que ela ainda fosse minha namorada! Apesar disso, ela sempre será o meu desejo nas horas iguais, no sopro da vela do bolo de aniversário, na contagem regressiva de Ano Novo.

Eu a amo! Talvez, eu não saiba explicar bem o porquê disso, realmente amor nunca foi o meu forte. Mas se não estou amando, o que diabos sente uma pessoa quando está apaixonada?

Kaly Bandeira

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