O nome dela é... Mariana!

21/03/2018

Dizem que tudo na vida tem um limite. Para Mariana não foi diferente. Ela aprendeu com a própria vida que há coisas que precisam chegar ao fim. Cheia de sonhos e um sorriso grande no rosto, um jeito moleca que lhe deu boas lembranças. Apesar disso, há coisas que Mariana ainda não entende. Como o por quê a chuva cai? Ou por quê não tem horário de verão durante os trezentos e sessenta e cinco dias? Ela sempre gostou de ver o sol se pôr mais tarde. E assim ela segue. E vive. E sorrir. O tempo passou e junto a ele Mariana cresceu, o sonho da infância chegou. Finalmente a vida adulta estava começando. Só que ela mal sabia o que queria da vida e o que a própria guardava para seus dias. E foi na brincadeira do que ser quando crescer, que prestou vestibular e desistiu antes de começar, cursou outro escolha, trancou, voltou e se formou naquele que, antes de qualquer coisa, havia desistido. Nenhuma novidade. A indecisa Mariana de vez em quando aparecia. Mas como você e eu, Mariana descobriu as frustrações e as dores das decepções. Não entendia como o mesmo motivo dos sorrisos era, também, o culpado do homicídio doloso que lhe causava choro. E mais uma descoberta ela fez. Afinal de contas, quem é esse tal de amor? Quem eu realmente sou ou do que verdadeiramente gosto? Mariana se perguntou. E pensou. E decidiu. Jogou pro alto e foi viver uma nova vida. E nesse famoso ciclo ela se decepcionou. E chorou. E se perguntou onde errou. E tentou consertar. Imaginou dias futuros, planejou tudo com cuidado. Casa, família, sonhos, vida. Só que o que ela mal sabia, era que seu principal erro foi esperar por quem nunca viria. Por pouco fez sua residência no maravilhoso país de Alice. Vivia a realidade, mas bastava uma palavra da rainha de copas, que ela viajava, dançava, sonhava. E como quem acorda com o barulho insistente do despertador em um quase atraso, Mariana abriu os olhos e naquela claridade despertou pro dia. Pra vida. E enquanto sorria, agradecia! Justamente quando descobriu que tudo que chegava também partia. Que a vida ia e vinha. Que lágrimas param um dia e um novo sorriso sempre se abre parar viver tudo novamente. E novamente aquele velho desejo de um dia conseguir entender os acasos e coincidências que cruzam os caminhos. Os dias. A vida. E no meio disso tudo, descobriu que para novos recomeços precisamos que algo chegue ao fim e quão bom é ser Mari para todos e Mariana para si. 

Kaly Bandeira

© 2017 Kaly Bandeira. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Webnode
Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora